segunda-feira, 16 de junho de 2008

pés gelados,
publicidade sucks.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Kant como le gusta


Uma análise das prévias democratas do ponto de vista do belo e do sublime.
No século XVIII, Edmund Burke e Emmanuel Kant (entre outros) definiram e utilizaram os conceitos de belo e sublime para entender muitos assuntos: a arte, a antropologia, a natureza, etc.
Numa dessas definições, Kant (em "Observações sobre o belo e o sublime") define o belo sexo (mulheres) como um sexo de natureza Bela, cujas ações são leves e sem obstáculos. O sexo nobre (homens) é o sexo da natureza Sublime, que supera os obstáculos.
Nesse mesmo texto Kant fala sobre como é ruim que uma pessoa de um sexto adquira as características de outro pois isso inibiria a capacidade dessa pessoa de atrair o sexo oposto. O exemplo que ele dá é justamente de uma mulher que se destaque demais nos estudos (pois na sua visão do século XVIII, descendente de Aristóteles, mulher era só enfeite).
E que raios isso tem a ver com Hillary e Obama? É simples, em pleno século XXI ainda temos resquícios do modo de pensar os gênero como outros séculos e Hillary não é uma mulher que atende a definição de Belo. Lembre-se, não estou me referindo às características físicas, e sim de características gerais de personalidade. A senhora Clinton não está nesse planeta só para agradar, seja os olhos ou aos ouvidos, ela é incisiva. Um trator. Se por um lado não se espera de um(a) líder que este seja afável e nada mais, por outro essa dureza da senadora não é bem vista. Quanto a Obama, não creio que ele foi escolhido simplesmente por ser homem, mas porque sua história e tragetória política (e seu "yes we can") inspiram o Sublime na medida em que são grandeosos.
Não é uma questão do sublime "vencer" o belo dado à sua complexidade. É uma questão dos papéis que se esperam dos gênero e se esses são cumpridos ou não. Hillary não é capaz de fazer funcionar o que é espera dela e o que ela precisa ser para o cargo. Obama joga muito bem o seu papel.
Essa é uma análise minha, sem querer julgar quem é o melhor candidato, quem é o lobo ou quem é o cordeiro. Não pretendo fazer Hillary uma vítima do nosso machismo, mas creio que sob a ótica que escolhi ela acaba sendo não exatamente uma vítima, mas um exemplo do que é esperados dos gêneros ainda nos dias de hoje.